OBJETIVOS: Avaliar aspectos epidemiológicos dos traumas oculares num pronto-socorro de referência. MÉTODOS: O estudo teve dois grupos distintos de indivíduos: no primeiro (A) composto por vítimas de trauma ocular, em que 1.483 pacientes atendidos consecutivamente ao longo de 2003 tiveram os dados epidemiológicos analisados, e o segundo (B), em que 133 pacientes tiveram aspectos clínicos e fatores de risco e de proteção analisados consecutivamente por meio de questionário padrão, de 17 de maio a 28 de junho de 2004. RESULTADOS: No levantamento A, a maioria dos pacientes era do sexo masculino (1.314 ou 89 por cento). Os traumas por corpos estranhos (CE) da superfície ocular foram os mais comuns, respondendo por 863 (58 por cento) casos. O levantamento B mostrou que a proteção ocular foi usada em apenas 17 por cento (22) dos pacientes. Os acidentes geralmente ocorreram no local de trabalho 70 por cento (93), e o domicílio foi o segundo local de maior freqüência (22 por cento). Ainda no levantamento B, 34 por cento dos entrevistados tinham acidentes oculares prévios. CONCLUSÕES: O perfil dos pacientes vítimas de trauma ocular no presente estudo observou a maior ocorrência entre homens e de acidentes por corpos estranhos. O uso de proteção ocular ainda é incipiente e, por outro lado, a recorrência de trauma é considerável. Uma estratégia contínua junto à população, de forma preventiva e educativa com especial atenção ao ambiente de trabalho e doméstico, é necessária para reduzir a ocorrência de trauma ocular.(AU)
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Cecchetti, D. F. A., Cecchetti, S. A. de P., Nardy, A. C. T., Carvalho, S. C., Rodrigues, M. de L. V., & Rocha, E. M. (2008). Perfil clínico e epidemiológico das urgências oculares em pronto-socorro de referência. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 71(5), 635–638. https://doi.org/10.1590/s0004-27492008000500005
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