A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) tem sido extensivamente pesquisada nas últimas duas décadas, permitindo uma maior compreensão sobre sua relevância na prática clínica. Trata-se de uma doença com alta prevalência, acometendo até um terço da população adulta. A SAOS tem sido associada a condições sabidamente envolvidas no aumento do risco de eventos cerebrovasculares, como a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e fibrilação atrial. Estudos recentes demonstram que a SAOS, por si só, pode levar à lesão cerebral isquêmica, possivelmente por alterações hemodinâmicas no fluxo cerebral, assim como alterações inflamatórias que promovem um estado de hipercoagulabilidade e aterosclerose na região encefálica. Ainda não estão totalmente esclarecidos os exatos mecanismos, mas há cada vez mais evidências de que a SAOS pode ser um fator de risco independente para o desenvolvimento da doença cerebrovascular. Descritores : Sono; Síndromes da apneia do sono; Transtornos cerebrovasculares; Fatores de risco.
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Bahia, C. M. C. S., Pereira, J. S., & Brandão, A. (2016). Síndrome da apneia obstrutiva do sono como risco independente de doenças cerebrovasculares. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 15(1). https://doi.org/10.12957/rhupe.2016.22375
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