As rochas metavulcânicas sob os depósitos de minério de ferro do Grupo Grão Pará são do Arqueano Superior e contém evidencias químicas e isotópicas de assimilação de parte da crosta continental pela qual se injetaram. A seqüência metavulcânica inferior do Grupo Grão Pará ao Norte e Este da Serra Norte é bimodal, contém basaltos, andesitos basálticos, traquiandesitos e quantidades menores de rió1itos, que ocorrem em vários níveis estratigráficos. A maioria das rochas vulcânicas é de grau metamórfico médio a baixo. O metamorfismo e a deformação são mais intensas ao longo do contato, na parte norte, com gnaisses e granitos (Complexo Xingu). A espessura da seção vulcânica não é conhecida, mas calcula-se que deve atingir de 4 a 6 km. Os basaltos produzem uma isócrona Rb-Sr de rocha total de 2.687 ± 54 Ma, estatisticamente de idade similar à idade dos zircões dos riolitos. A razão inicial de Sr de 0,7057 ± 0,0010 demonstra que o material incorporado pelo basalto tinha razão Rb/Sr elevada. A relação Sm-Nd nos basaltos é agrupada de tal maneira que é impossível produzir isócronas. Utilizando o valor de idade de 2.758 Ma, encontraremos valores de €Nd de +3,2 a -1,9, com uma média de +0,2. Os dados isotópicos de Nd e Sr, bem como os elementos menores e terras raras destas rochas máficas, demonstram que uma porção significante, porém variável, de material continental mais velho foi assimilado. A estratigrafia e a composição geoquímica e ísotôpica das rochas demonstram que o Grupo Grão Pará foi formado sobre crosta continental mais antiga. Deve haver uma separação entre esta crosta continental e os greenstone belts do Proterozóico Inferior do Escudo das Guianas.
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GIBBS, A. K., WIRTH, K. R., HIRATA, W. K., & OLSZEWSKI JR., W. J. (1986). AGE AND COMPOSITION OF THE GRÃO PARÁ GROUP VOLCANICS, SERRA DOS CARAJÁS. Revista Brasileira de Geociências, 16(2), 201–211. https://doi.org/10.25249/0375-7536.1986201211
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