As resistências socioambientais e a relativamente recente crise energética desnudaram, de forma aparentemente contraditória, na agenda política brasileira, a questão da energia e suas especificidades: como, em que quantidade, onde, para quem e para que produzi-la? O presente estudo busca contextualizar e entender, com ênfase nos atores sociais, os conflitos socio-espaciais ocorridos durante o processo de licenciamento da hidrelétrica de Candonga (inaugurada em 22/08/2005 como Usina Hidrelétrica Risoleta Neves), no rio Doce, em Minas Gerais. Visa a uma crítica social sobre a irracionalidade consumista e produtivista inerente à sociedade capitalista. A resistência (re)constitui, além de sujeitos, valores e referências culturais e legais, novos espaços de deliberação e novas territorialidades, colocando em xeque a (des)ordem do sistema de licenciamento e condicionando os processos de produção e consumo de energia.
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Pinto, V. F. S., & Pereira, D. B. (2005). Conflitos socioambientais e resistências no/do projeto hidrelétrico de Candonga. Revista Geografias, 1(1), 70–85. https://doi.org/10.35699/2237-549x..13187
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