O Serviço Nacional de Saúde português enfrenta novos desafios que põem em causa a sua eficiência, para o evitar procedeu-se a reformas. Uma das mais notáveis e inovadores foi a criação de Unidades Locais de Saúde, processo de integração vertical dos cuidados que fundiu a gestão da atenção hospitalar com a atenção primária à saúde.O objetivo deste estudo é determinar se os serviços hospitalares e as unidades da atenção primária alcançaram ganhos de eficiência através da integração vertical dos cuidados de saúde. Ou seja, pretendeu-se analisar o caso da integração do Hospital Amato Lusitano na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, em termos de eficiência dos serviços e da prestação de cuidados. Para isso, utilizou-se o método qualitativo de entrevistas semiestruturadas aos diretores dos serviços e membros da administração que acompanharam os processos de integração.Como resultado, verificou-se que a integração da assistência hospitalar na Unidade Local de Saúde teve um efeito positivo na eficiência de seus serviços. No entanto, não existe consenso se a articulação entre os diferentes níveis de atenção da Unidade Local de Saúde contribuiu para aumentar a eficiência.A principal conclusão foi a que a integração vertical mesmo promovendo resultados de eficiência, não atingiu os objetivos que, segundo os entrevistados, se deveu ao fato de existir uma margem de progressão na articulação entre os diferentes níveis de atenção, resultante de uma falha relacionada com a ligação entre as equipes.
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Farias, S., & Nunes, A. M. (2020). A constituição de Unidades Locais de Saúde em Portugal: seus efeitos para a promoção da eficiência do Serviço Nacional de Saúde. Saúde Em Redes, 5(3), 07–20. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2019v5n3p07-20
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