Para não ser trapo no mundo: as mulheres negras e a cidade na narrativa brasileira contemporânea

  • Dalcastagnè R
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Este trabalho busca analisar, nas obras de Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo, as possibilidades estéticas e políticas da autorrepresentação da experiência feminina negra nas metrópoles brasileiras. A cidade, nesses livros, não é apenas paisagem ou retrato, mas elemento de subjetivação e espaço de empoderamento, que se efetivam a partir da própria escrita. Fugindo da perspectiva dominante - branca, masculina, elitizada - de nosso cânone literário, Jesus e Evaristo não apenas resgatam "histórias não contadas", como também produzem novos modos de pensar e dizer a relação entre cidade, gênero, raça e classe.This paper examines, in the work of Carolina Maria de Jesus and Conceição Evaristo, aesthetic and political possibilities of self-representation of black female experience in Brazilian metropolis. The city, in their books, is not just landscape or portrait, but element of subjectivation and space of empowerment, which become effective from the writing itself. Out of the dominant perspective in our literary canon - white, male, elitist -, Jesus and Evaristo not only rescue 'untold stories' as well as produce new ways of thinking and expressing the relationship between city, gender, race and class.

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Dalcastagnè, R. (2014). Para não ser trapo no mundo: as mulheres negras e a cidade na narrativa brasileira contemporânea. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, (44), 289–302. https://doi.org/10.1590/2316-40184413

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