Procuro examinar passo a passo a argumentação desenvolvida por Aristóteles no livro VI da Ética a Nicômaco, buscando compreender de que modo a razão correta da phronesis delimita as mediedades e garante a efetiva realização das ações conforme aos propósitos da virtude do caráter. Essa delimitação das mediedades parece envolver duas camadas: o uso do raciocínio deliberativo para a determinação de propósitos (prohaireseis), e a avaliação dos fatores singulares envolvidos nas circunstâncias de cada ação. À luz disso, compreendemos melhor a definição da phronesis como “realizadora de ação” (praktike), bem como sua interdependência em relação à virtude do caráter.
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Angioni, L. (2011). PHRONESIS E VIRTUDE DO CARÁTER EM ARISTÓTELES: COMENTÁRIOS A ÉTICA A NICÔMACO VI. Revista Dissertatio de Filosofia, 34, 303. https://doi.org/10.15210/dissertatio.v34i0.8706
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