A partir da defi nição da educação ambiental como um processo de formação humana para a transformação das relações entre a sociedade e o ambiente, este artigo explicita os referenciais teóricos de nossos estudos, compreendendo-os não como “camisas de força” que nos obrigam a repetir e repro- duzir análises pré-estabelecidas, mas como um caminho, como um método de interpretação da reali- dade, de busca na essência dos fenômenos estudados, o mundo real. O referencial teórico apresentado nos ajuda, portanto, a superar o caráter fragmentado da elaboração do conhecimento proposto pelas metodologias em cujo eixo epistemológico estão abrigados o empirismo, o positivismo e o idealismo, e a descobrir as leis dos fenômenos de cujo estudo nos ocupamos. Auxilia-nos, também, a captar detalha- damente as articulações dos problemas, analisar as evoluções, rastrear as conexões entre os fenômenos que os envolvem. Trata-se do método materialista histórico-dialético formulado por Marx e aqueles que se seguiram a ele, conhecido também como a fi losofi a da práxis. A partir desse referencial, pro- blematizamos no texto a relação entre educação ambiental e sustentabilidade, trazendo os conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade para a discussão, concluindo que na perspectiva crítica que aqui explicitamos a educação ambiental para a sustentabilidade é um processo que articula teoria e prática para a transformação das relações das sociedades com o ambiente. Essa é a dimensão crítica da educação
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Tozoni Reis, M. F. de C. (2011). Educação e sustentabilidade: relações possíveis. Olhar de Professor, 14(2), 293–308. https://doi.org/10.5212/olharprofr.v.14i2.0006
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