Porque Devemos, de Novo, Erradicar o Aedes Aegypti

  • Teixeira M
  • Barreto M
N/ACitations
Citations of this article
17Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

A ocorrência de epidemias de Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue, no Brasil e nas Américas, faz com que essa virose se constitua em um dos grandes problemas de saúde pública do continente, o que impõe uma reflexão sobre sua situação epidemiológica e as estratégias de seu enfrentamento. Neste sentido, um importante debate nacional vem se processando, desde o início do ano de 1995 sobre a estratégia de prevenção que deve ser adotada no Brasil. O Conselho Nacional de Saúde ao criar uma Comissão Técnica para analisar o problema não descartou a readoção de uma proposta de erradicação do Aedes Aegypti,estratégia adotada até 1985, quando foi substituída por um programa de controle. Seminário promovido pelo Conselho Nacional de Saúde e Ministério da Saúde em novembro de 1995, com a participação da comunidade científica (ABRASCO, SBMT e SBP), CONASS, CONASSEMS e de profissionais de saúde que desenvolvem trabalho nesta área, revelou a existência de opiniões favoráveis e desfavoráveis à erradicação do Aedes aegypti.Este artigo sistematiza esta discussão, e a opinião dos autores é de que, levando em consideração as diretrizes técnicas e políticas imprimidas ao Plano Nacional de Erradicação do Aedes aegyptido Brasil, emanadas do Conselho Nacional de Saúde e referendadas pelos participantes do Seminário, os profissionais de saúde e a sociedade brasileira devem lutar pela efetiva implantação do referido Plano. Isso porque, apesar de todas as questões técnicas envolvidas, o plano além de factível é defensável pelos seus aspectos humanos, éticos e pela capacidade de resgatar questões essenciais como o próprio Sistema Único de Saúde e a luta pela eqüidade social e inter-regional no país.The occurrence of epidemics of Classic Dengue, Dengue Hemorragic Fever and Dengue Shock Syndrome in Brazil and other American countries highlight the fact that those viroses constitute an important public health problem in the continent and stress the need of a permanent evaluation of its epidemiological picture and the development of preventive strategies. Since 1995, an important national debate came out on the strategy of prevention that must be adopted in Brazil. The National Health Council (CNS) created a task force to analyze the problem, that renewed the thesis of erradication of the Aedes aegypti.Eradication was the strategy employed until 1985, when it was replaced by a control approach. A Seminar promoted by CNS in November, 1995, with the participation of members of scientific community, representatives of the State and Municipal Health Secretaries Councils, and health professionals from different public offices disclosed the existence of favorable and unfavorable opinions as far as Aedes aegyptieradication is concerned. This article aims to present a summary of such discussion. The authors endorse the "Aedes aegyptiNational Erradication Plan" that emerged from CNS Seminar. Despite its technical and scientific problems the plan is feasible, defensible by its capacity to reintroduce essential questions such as the original aims of the Unified Health System (SUS), and the struggle for a better social and inter-regional equity in the country.

Cite

CITATION STYLE

APA

Teixeira, M. da G., & Barreto, M. L. (1996). Porque Devemos, de Novo, Erradicar o Aedes Aegypti. Ciência & Saúde Coletiva, 1(1), 122–136. https://doi.org/10.1590/1413-812319961101582014

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free