A leptospirose acomete todos os animais domésticos, selvagens e os seres humanos. Alguns estudos sorológicos realizados têm demonstrado o envolvimento de espécies selvagens na epidemiologia da doença. Uma vez que populações cativas de animais selvagens são pouco estudadas, principalmente no Brasil, o presente estudo teve como objetivo a detecção de anticorpos anti-Leptospira spp. em animais selvagens de cativeiro e de vida livre do Zoológico Municipal de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil. Durante o período de março a outubro de 2006 foram colhidas 403 amostras de sangue das quais 388 animais (110 répteis, 143 aves, 110 mamíferos e 25 peixes) e 15 amostras de funcionários do zoológico Dentre as 388 amostras de animais, 339 eram animais cativos e 49 eram animais de vida livre capturados pelo uso de armadilhas. Os soros sanguíneos foram analisados por meio da prova de Soroaglutinação Microscópica (SAM) utilizando-se antígenos de 22 sorovares de leptospiras patogênicas e dois sorovares de leptospiras não patogênicas. Foram reagentes para leptospirose 103 (103/388 = 26,5%) amostras, sendo 92 (92/339 = 27,1%) amostras de animais cativos e 11 (11/49 = 22,4%) de animais de vida livre. As 15 amostras de soro humanas foram negativas. Os títulos sorológicos nas amostras reagentes variaram de 40 a 5.120 com predominância dos títulos 40 e 80 e os sorovares Patoc, Andamana, Canicola, Icterohaemorrhagiae e Panama foram os mais frequentes.
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Silva, C. D. S., Gírio, R. J. S., Guerra Neto, G., Brich, M., Santana, L. A. de S., Amâncio, F. H., … Wessort, P. M. F. (2010). Anticorpos anti-Leptospira spp. em animais selvagens do zoológico municipal de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 47(3), 237. https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2010.26862
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