O presente ensaio busca tecer alguns comentários acerca dos artigos presentes no livro Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno (2019), de Anna Tsing. Ao oferecer um panorama dos principais conceitos e linhas de força que atravessam o pensamento da autora, por meio de um percurso entre fungos, relações multiespecíficas e plantations, discuto as principais contribuições de sua obra para a teoria antropológica bem como a importância dos conceitos de paisagem, assembleia e coordenação para as técnicas de descrição etnográfica no Antropoceno. Em paralelo, apresento algumas críticas de Tsing à reificação do excepcionalismo humano na antropologia e esboço possíveis diálogos entre suas reflexões e a teoria social contemporânea.This essay is a commentary on the Brazilian collection of papers by Anna Tsing, presented in the book Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno (2019). By offering an overview of the main concepts and lines of strength that cross the author’s thought, through a path among fungi, multispecies relations, and plantations, I discuss the contributions of Tsing’s work to the anthropological theory, as well as the importance of the concepts of landscape, assembly, and coordination to the techniques of ethnographic description in the Anthropocene. In parallel, I present some of Tsing’s critiques on the reification of the human exceptionalism in anthropology, and finally possible dialogues between the author’s thinking and the contemporary social theory.
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Holliver, G. (2020). Uma antropologia que dança: algumas notas sobre paisagens de conceitos em Anna Tsing. Anuário Antropológico, v.45 n.3, 189–202. https://doi.org/10.4000/aa.6653
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