Esta segunda edição revista do livro traz importantes atualizações para a pesquisa no tema. A primeira edição discutia as relações entre ciência, técnica e produção, tendo como referência a descoberta de Jenner e as reflexões de Pasteur sobre a vacina antivariólica. Aborda a organização institucional implementada durante o Império com o objetivo de possibilitar a prática da vacinação por intermédio da Junta Vacínica e do Instituto Vacínico do Império, introduzindo as primeiras experiências com a vacinação animal no Brasil realizadas na Santa Casa da Misericórdia. Trata, finalmente, da sobrevivência do Instituto Vacínico Municipal em outro contexto institucional, polarizado entre propostas de centralização e descentralização dos poderes públicos para a organização dos serviços de saúde. Destaca o surgimento de um conflito entre o barão de Pedro Affonso e Oswaldo Cruz, que representou uma das polêmicas da época em torno da centralização dos serviços de saúde e que contribuiu para os diferentes alinhamentos que redundaram em posições antagônicas assumidas por médicos e políticos. Este novo volume apresenta ainda novas contribuições bem mais recentes de estudiosos do assunto, além das diretrizes atualizadas pela Opas e OMS no âmbito das campanhas de erradicação desenvolvidas em diversos países.
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Verani, J. F. (2011). Vacina antivariólica: ciência, técnica e o poder dos homens, 1808-1920. Cadernos de Saúde Pública, 27(2), 396–397. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2011000200022
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