Registro de informação no sistema de informação em saúde: um estudo das bases SINASC, SIAB e SIM no Estado de Alagoas

Abstract

Trata-se da análise dos registros de informação em saúde com o objetivo de analisar três (3) Sistemas de Informação em Saúde SIS, o Sistema de Informação de Nascidos Vivos Sinasc , o Sistema de Informação da Atenção Básica Siab e o Sistema de Informação sobre a Mortalidade Sim, utilizados na Rede Pública de Saúde no estado de Alagoas Brasil. Buscou-se entender as discrepâncias ocorridas no fluxo informacional, as questões de padronização, o uso desses sistemas de informação e sua capacidade de atender as necessidades informacionais demandadas no âmbito municipal, estadual e federal. A metodologia utilizada na pesquisa integrou técnicas quantitativas e qualitativas. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram entrevistas, questionários e análise documental. A pesquisa foi realizada nos municípios de Penedo, Arapiraca e Maceió e contou-se com um total de 324 (trezentos e vinte e quatro) sujeitos. Desse total de respondentes: 281 (duzentos e oitenta e um) integravam as Equipes de Saúde do Programa Saúde da Família responsáveis pela coleta e registro das informações em papel; 12 (doze) eram digitadores responsáveis pelo registro eletrônico das informações; 03 (três) secretários de saúde; 25 (vinte e cinco) participantes do I Simpósio sobre Padrões de Informática em Saúde: estado da arte e desafios. Na pesquisa documental foram analisados 307 (trezentos e sete) documentos. Constatou-se que realmente existem significativas inconsistências no processo de coleta, registro, armazenagem, disponibilização e uso das informações em saúde. A questão dos padrões foi a mais frágil pois percebeu-se a necessidade iminente de padrões que regulem e otimizem os procedimentos nesses processos. Dentre outros obstáculos destacou-se a resistência dos pacientes/clientes em fornecer as informações pessoais; deficiência das fichas/formulários utilizados pelos SIS; falta de infra-estrutura física e tecnológica (equipamentos e materiais), treinamento de recursos humanos e em número suficiente; tratamento documental inadequado; maiores investigações sobre padrões de vocabulário e comunicação na área de informação e informática em saúde. Foi possível concluir que de forma tímida e também fragmentada alguns esforços estão sendo envidados para promover melhorias na área. Vislumbrou-se, sobretudo, a necessidade de maior vontade e articulação política entre todos os atores envolvidos no processo de promoção da saúde nas esferas municipal, estadual e federal.