Objetivo: discutir as ações de enfermeiras obstétricas e seu potencial de resistência e contraconduta à medicalização da assistência ao parto. Método: pesquisa descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa e fundamentação genealógica, desenvolvida no município de Belo Horizonte. A coleta dos dados foi feita no período de agosto de 2021 a junho de 2022, por meio de entrevistas semiestruturadas, junto a 11 enfermeiras obstétricas Análise de Discurso. Resultados: as ações de humanização das primeiras enfermeiras obstétricas se conformaram como resistência e contraconduta à medicalização do parto, uma vez que eram pautadas no enfrentamento das práticas médicas intervencionistas, na defesa da fisiologia do parto e na integralidade do cuidado. Conclusão: reconhece-se que, no cotidiano da prática profissional, enfermeiras obstétricas precisam adotar ações de resistência e contraconduta como tentativa de subversão do paradigma biomédico, o qual impõe a medicalização da assistência e a apropriação do corpo feminino, cerceando a autonomia das mulheres no processo de parturição.
CITATION STYLE
Schreck, R. S. C., & Silva, K. L. da. (2023). Ações de humanização das enfermeiras obstétricas mineiras. REME-Revista Mineira de Enfermagem, 27. https://doi.org/10.35699/2316-9389.2023.42252
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.