O aleitamento materno exclusivo é o melhor alimento para o recém-nascido no período neonatal; e, quando estendido para 6 meses, está associado a estado nutricional adequado, redução de infecções e menor mortalidade. Apesar da superioridade nutricional e imunológica do leite materno, há altas taxas de desmame precoce devido a diversos fatores como dificuldades relacionadas à amamentação e falta de conhecimento da mãe sobre os benefícios do leite materno, entre outros. Nesse contexto, este estudo objetivou avaliar as evidências científicas acerca dos fatores associados ao desmame precoce. Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura de artigos publicados no período de 2016 a 2021 disponíveis nas bases de dados BVS, PubMed e SciELO. Foram incluídos 12 estudos, dos quais, 25% foram realizados no Brasil. A prevalência de desmame precoce variou de 7% a 85,7%, com menores prevalências observadas no Brasil. Os principais fatores associados ao desmame precoce foram idade e baixo nível educacional da mãe, parto cesáreo, uso da chupeta, retorno ao trabalho e percepção materna de baixa quantidade de leite, evidenciando que tanto os fatores sociodemográficos e obstétricos quanto os fatores inerentes aos conhecimentos da mãe influenciam diretamente na duração do aleitamento materno exclusivo. No entanto, é necessário investigar variáveis comportamentais e doenças psiquiátricas graves para compreender os reais determinantes do desmame precoce, possibilitando aos profissionais de saúde desenvolverem ações focando principalmente na educação em saúde.
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Gonçalves, Z. A., Câmara, J. T., Freitas, A. S., Costa, M. A., Silva, B. A. da, Franco, K. S., … Santos, T. C. P. dos. (2022). Fatores associados ao desmame precoce: revisão integrativa. Research, Society and Development, 11(5), e29511528048. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28048
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