A doença pulmonar obstrutiva crônica está em ascensão no mundo contemporâneo. É uma doença evitável e raramente atribuída à deficiência genética. Vários fatores são responsáveis por este aumento de incidência, como o tabagismo ativo e passivo, a poluição ambiental e ocupacional e a demora de implementação de políticas públicas eficazes para a sua prevenção. A prevalência tem grande variação no mundo - de 0,2% a 37% -, e isto se deve, em parte, às características culturais dos países que emitem relatórios epidemiológicos, dos métodos de diagnóstico estabelecidos no diagnóstico e pela classificação da DPOC que foi utilizada. A prevalência e incidência é maior em homens, especialmente nos idosos acima de 75 anos de idade. A mortalidade aumentou nos últimos 30-40 anos e variou de 3 a 111 mortes por 100.000 habitantes. No Brasil, em 2011, o Instituto Nacional do Câncer publicou que 15,1% da população (de 190.732.694 milhões de pessoas) é fumante e que aproximadamente 15% irá desenvolver a DPOC. Em números absolutos, 14.320 milhões brasileiros têm DPOC relacionada ao tabagismo. A DPOC é a quarta causa de morte nos Estados Unidos, o que representa 5% dos óbitos totais, com um acréscimo de 8% do número total de mortes, de 116.494 para 126.005, no período de 2000 a 2005. E, se a análise for estendida de 1980 a 2000, o aumento do número total de mortes corresponde a 67%. Este capítulo tem como objetivo discutir a importância da doença como epidemia, que se caracteriza pelo aparecimento tardio e deterioração da função pulmonar muito lenta, mas que pode ser controlável por medidas mais rígidas do controle do tabagismo no Brasil.
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Azambuja, R., Bettencourt, M., Da Costa, C. H., & Rufino, R. (2013). Panorama da doença pulmonar obstrutiva crônica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 12(2). https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.8483
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