O texto busca esclarecer as peculiaridades da homeopatia que, apesar de fazer parte do rol das especialidades médicas brasileiras desde 1980, não é ensinada na maioria das escolas médicas. Associada a esta lacuna na educação dos estudantes de medicina, a aplicação de pressupostos distintos dos propagados pela ciência hegemônica contribui à disseminação de preconceitos arraigados à cultura médica, afastando graduandos e graduados do aprendizado de uma prática bisecular que deveria estar incorporada ao arsenal terapêutico vigente. Empregando um princípio de cura que estimula o organismo a reagir contra sua enfermidade (princípio da similitude) e valorizando a individualidade enferma em seus aspectos bio-psico-sócio-espirituais, o modelo homeopático favorece a relação médico-paciente e estimula o raciocínio holístico na compreensão do complexo fenômeno do adoecimento humano, propiciando uma terapêutica de baixo custo, isenta dos efeitos colaterais dos fármacos modernos e que incrementa a resolutividade clínica das doenças crônicas em geral.
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Teixeira, M. Z. (2006). Homeopatia: ciência, filosofia e arte de curar. Revista de Medicina, 85(2), 30–43. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v85i2p30-43
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