A síndrome de burnout é comum a profissionais que atuam sob pressão. Estudos apontam que os docentes são susceptíveis de ser acometidos por esta síndrome. Ela causa prejuízos na qualidade de vida do professor e na prática educativa. É necessário entender as condições de trabalho dos docentes brasileiros à luz da síndrome de burnout. Esta pesquisa desenvolveu-se com uma metodologia mista e uma amostra de 40 indivíduos. Aplicou-se um questionário quantitativo: sobre aspectos profissionais, de sintomatologia e de ações de prevenção ao burnout; também o instrumento de verificação pré-diagnóstica da síndrome burnout de Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory (MBI). Como resultado, observa-se que 53% dos professores, segundo o instrumento (que não substitui um diagnóstico médico), encontram-se na fase inicial da síndrome de Burnout. Além disso, observa-se a ocorrência de sintomas característicos como irritabilidade, perda de interesse pelo trabalho e pensamento ao suicídio. De cinco ações preventivas sugeridas da literatura, 65% dos professores praticam apenas uma ou nenhuma delas. Na análise qualitativa multivariada é frequente a citação (23%) da ausência de programas institucionais de prevenção. Conclui-se que o panorama de esgotamento profissional ou burnout entre professores é crítico. Embora eles apresentem diversos sintomas característicos da síndrome, não se têm tomado, com a devida frequência, ações individuais e institucionais que diminuam a incidência de burnout. O estudo contribui para o entendimento da vida profissional em direção à qualidade de vida e da prática docente em si.
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Silva, J. R. da. (2020). SÍNDROME DE BOURNOT EM PROFESSORES BRASILEIROS. Poíesis Pedagógica, 18, 143–159. https://doi.org/10.5216/rppoi.v18.65418
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