O bullying é um conjunto de comportamentos agressivos, emitidos de maneira intencional e repetitiva. O objetivo deste estudo foi investigar a percepção dos educadores quanto à presença de bullying em sala de aula. A amostra foi composta por 30 professoras do ensino fundamental I de uma escola particular de São Paulo. Para coleta de dados foi utilizado um questionário que visava investigar a avaliação do professor quanto à presença do problema, possíveis causas, ações dos pais e professores ante os agressores e sugestões de intervenção para resolução do problema. Os professores assinaram um termo consentindo a participação na pesquisa. Esta pesquisa ocorreu durante o ano letivo de 2007. Observou-se que 93,3% (n=28) dos profissionais relataram ter presenciado ao menos um episódio de discriminação durante o ano letivo em sua sala de aula. Os professores relataram observar mais atos de discriminação praticados por meninos do que por meninas. Atribuiu-se a presença dos comportamentos discriminatórios à situação socioeconômica da família, sua cor, raça, aparência física e deficiências físicas e/ou intelectual. As estratégias de resolução do problema propostas pelos professores são: explicar aos alunos os prejuízos que seu comportamento pode causar; conversar com os pais das crianças envolvidas e pedir para que reflitam sobre o que fizeram. Concluindo, observou-se a presença do fenômeno nas escolas investigadas. A participação do professor na avaliação e no planejamento da intervenção parece ser um fator relevante na resolução do problema. Entretanto, as estratégias adotadas pelos professores estão aquém das sugeridas na literatura.
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Barbosa de Almeida, S. (2017). Bullying: conhecimento e prática pedagógica no ambiente escolar. Psicologia Argumento, 27(58), 201. https://doi.org/10.7213/rpa.v27i58.22294
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