Este artigo é oriundo de uma tese de doutoramento a qual teve como questão de pesquisa: “De que forma as avaliações externas da educação básica influenciam as políticas públicas educacionais e quais os seus efeitos na atuação de professores e gestores escolares”. Uma dessas interferências está associada a Organismos Internacionais como o Banco Mundial e a UNESCO. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo tecer apontamentos e reflexões acerca das influências dos organismos internacionais no contexto nacional no tocante a elaboração e execução das políticas públicas para a Educação Básica. Para a elaboração da pesquisa utilizou-se uma abordagem qualitativa alicerçada nas bases da pesquisa bibliográfica e documental. A análise dos dados foi fundamentada segundo Bardin (2011) e refinada com a utilização da abordagem do Ciclo de Políticas proposta por Stephen Ball e Colaboradores. Como resultado é notório que as políticas educacionais - alicerçadas e financiadas pelos Organismos Internacionais – dificilmente encontram outro destino que não o do mercado da educação. Observa-se, assim, a propagação da lógica neoliberal na educação brasileira ancorada no/pelo interesse do capital internacional. Diante desse cenário, se faz necessária a crítica aos “pacotes educacionais importados”, que desconsideram as peculiaridades da realidade brasileira e de seus planos educacionais.
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Amestoy, M. B., & Tolentino-Neto, L. C. B. de. (2020). Políticas públicas e a influência dos organismos internacionais: a educação básica no foco do debate. Research, Society and Development, 9(2), e152922189. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2189
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