A qualidade de vida após a fratura do colo femoral nos idosos: um estudo comparativo entre fixação interna e artroplastias

Abstract

RESUMO Introdução: A fratura do colo femoral é uma patologia frequente na população idosa, com cerca de 100 mil casos por ano no Brasil. O tratamento cirúrgico por meio da fixação interna ou da substituição artroplástica do quadril é preconizado atualmente. O tratamento não cirúrgico é reservado aos casos de exceção. Objetivo: Comparar a qualidade de vida pós-operatória de pacientes tratados por fratura do colo femoral por meio de duas técnicas distintas: artroplastia do quadril e fixação interna. Métodos: Por meio do questionário SF-36, estudamos a qualidade de vida de 60 pacientes com mais de 65 anos, tratados entre 2004 e 2012 em nosso serviço. Metade dos pacientes foi submetida à fixação interna e a outra metade à substituição artroplástica da articulação do quadril. Resultados: Médias mais altas na ampla maioria dos parâmetros do questionário foram obtidas pelo grupo que realizou fixação interna, porém sem significância estatística na maioria dessas diferenças. Alguns relatos internacionais sinalizam que pacientes que sofreram uma fratura do colo femoral e foram tratados com fixação interna podem retornar à qualidade de vida anterior à fratura. Paradoxalmente, na atualidade, há uma crescente tendência entre os ortopedistas em optar pela substituição articular protética da articulação do quadril nesses casos. Conclusão: Mais estudos são necessários para definir qual a melhor opção cirúrgica de tratamento. Palavras-chave: fraturas do quadril; artroplastia de quadril; fixação interna de fraturas; qualidade de vida. ABSTRACT Introduction: The femoral neck fracture is a frequent pathology in the elderly population, with about of 100,000 cases per year in Brazil. The surgical treatment by internal fixation or arthroplastic hip replacement is advocated today. The non-surgical treatment is reserved for cases of exception. Objective: To compare the quality of patient postoperative life treated for femoral neck fracture by two different techniques: hip arthroplasty and internal fixation. Methods: Through the SF-36 questionnaire, we study the quality of life of 60 patients with more than 65 years, treated between 2004 and 2012 in our service. Half of the patients was submitted to internal fixation and the other half to the arthroplastic replacement. Results: Higher averages in the large majority of the parameters of the questionnaire were obtained by the group which was carried out by internal fixation, but without statistical significance in most of these differences. Some international reports indicate that patients who have suffered a fracture of the femoral neck and were treated with internal fixation may recover the quality of life they had before the fracture. Paradoxically, there is a growing trend among orthopedic surgeons to perform a hip replacement surgery in these cases. Conclusion: Further studies are needed to define which is the best surgical treatment option.