A saúde do homem é considerada um expressivo problema de saúde pública e por isso se coloca como uma questão com considerável impacto social, abordada em pesquisas oriundas de diferentes matrizes científicas. Segundo o paradigma do gênero, um dos modelos teóricos mais reconhecidos sobre essa questão, os homens apresentam indicadores preocupantes de saúde por buscarem corresponder às imposições do papel de gênero masculino. O objetivo deste trabalho é conceituar a masculinidade num recorte comportamental, com ênfase no modelo hegemônico. Secundariamente busca-se hipotetizar algumas contingências relacionadas ao déficit de autocuidado à saúde, recorrentemente atribuído aos homens. Metodologicamente este estudo é uma análise conceitual construído a partir do exame de literaturas consideradas fundamentais na abordagem dessa problemática. Conclui-se que a masculinidade hegemônica pode ser interpretada como uma prática cultural, mantida por contingências existentes em sociedades nas quais o patriarcado ainda é intenso, compostas por agências de controle. As crenças, valores e percepções sobre o que é ser um homem são um contexto que torna mais provável a emissão de comportamento de risco.
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Sousa, A. da S. (2022). Masculinidade hegemônica: contingências relacionadas ao déficit de autocuidado à saúde em homens. Perspectivas Em Análise Do Comportamento, 13(2), 207–218. https://doi.org/10.18761/paca15gh45
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