A partir de 2002, as universidades estaduais no Paraná foram marcadas pela presença de alunos kaingang e guarani, através do ingresso pelo Vestibular Diferenciado Indígena, sancionado pela Lei 11.345/01, no governo de Jaime Lerner, propiciando experiências diversas para esses grupos étnicos, tanto em seu sentido individual, quanto coletivo. Muitos projetos e expectativas são construídos para a formação superior indígena, envolvendo diferentes agentes e situações. Enfatizo neste artigo os sentidos das relações entre alunos e lideranças kaingang e os agentes institucionais nesse novo contexto, olhando para essas relações como sendo pautadas pela reciprocidade que, por sua vez é produtora dos conflitos, conflitos que são interpretados como geradores de trocas e potencializadores de uma identidade produzida e reorganizada na universidade.
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Goulart, A. C. (2014). Reciprocidade, moralidades e o ethos guerreiro no Uri: práticas Kaingang na Universidade Estadual de Londrina. Mediações - Revista de Ciências Sociais, 19(2), 111. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2014v19n2p111
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