Constituição epidêmica: velho e novo nas teorias e práticas da epidemiologia

  • Czeresnia D
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Abstract

O artigo analisa a importância da idéia de constituição epidêmica, identificada pela presença recorrente do pensamento hipocrático na história da epidemiologia. Em termos gerais, constituição relaciona epidemias a circunstâncias geográfico-atmosféricas. O que se destaca é a concepção do fenômeno epidêmico como desequilíbrio da harmonia da natureza, como totalidade e ultrapassando a dimensão geográfica. Permanência de um pensamento hipocrático não significa a existência de uma continuidade. A idéia de constituição foi marcada por descontinuidades e definida por conceitos distintos no decorrer da história. A força desse pensamento deve ser compreendida a partir da base filosófica que a origina: a physis. O interesse pelo pensamento pré-socrático ganha significado especial na crise da modernidade, trazendo novos elementos, também, para a interpretação da idéia de constituição em epidemiologia.The article analyzes the importance of the concept of epidemic constitution, whose presence has been recurrently identified in Hippocratic thinking throughout the history of epidemiology. In general terms, constitution relates epidemics to geographic and atmospheric conditions. The outstanding point in the article is the view of epidemics as phenomena associated to disruption in the harmony of nature, here understood as a whole beyond geographic dimensions. The permanence of Hippocratic thinking does not imply continuity. The concept of epidemic constitution has been discontinuous and structurally different throughout history. The power of the concept lies on its philosophical foundations: physis. Pre-Socratic ideas gain special significance for the understanding of the crisis of modern times and introduces new elements for the interpretation and conceptualization of constitution in epidemiology.

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Czeresnia, D. (2001). Constituição epidêmica: velho e novo nas teorias e práticas da epidemiologia. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 8(2), 341–356. https://doi.org/10.1590/s0104-59702001000300003

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