Um museu debaixo de água: o caso da Luz

  • Saraiva C
2Citations
Citations of this article
10Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Neste artigo, discuto a gestação como momento de revalidação e atualização dos laços de parentesco. A partir de narrativas de gestantes de camadas médias no Rio de Janeiro, analiso o modo como imaginam a aparência física de seus bebês recor- rendo aos traços físicos de suas famílias. Pensar no bebê esperado é uma instância de negociação com as identidades continuadas que vêm do passado, no momento em que se veem diante do futuro, projetando para o filho ou filha característi- cas, identidades e laços sociais. Neste processo, a associação entre parentesco e semelhança física é problematizada, na medida em que a continuidade física entre as gerações pode ou não ser desejada. Noções de beleza, raça e classe presentes na sociedade brasileira interferem no modo como o bebê esperado é imaginado. A continuidade entre as gerações que é desejada surge então menos como uma reprodução e sim como conexões “aperfeiçoadas”, destituídas dos traços indeseja- dos.

Cite

CITATION STYLE

APA

Saraiva, C. (2007). Um museu debaixo de água: o caso da Luz. Etnografica, (vol. 11 (2)), 441–470. https://doi.org/10.4000/etnografica.2013

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free