O presente estudo objetivou caracterizar casos confirmados de doenças relacionadas ao lixo, e seu manejo, no município de Fortaleza, entre 2017 e 2018. Trata-se de um estudo ecológico, em que foi realizada busca nas bases de dados do Sistema Nacional de Agravos e Notificações, da Prefeitura de Fortaleza, Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza e Marquise Ambiental. Por meio desses dados foram registradas prevalências de doenças vinculadas, de forma direta ou indireta, quanto ao manejo de lixo. No estado do Ceará, são prevalentes as doenças: leptospirose, dengue, tétano, Doença Transmitida por Alimentos, Doença Diarreica Aguda e leishmaniose. A incidência média semanal dessas doenças, referente às semanas epidemiológicas 52/2017 a 52/2018, mostrou aumento no número de casos, da ordem de 120% para Leptospirose, 50% para Tétano, 200% para Doença Transmitida por Alimento e 5,2% para Leishmaniose. Em contrapartida, verificou-se diminuição de 99,9% e de 21,3% para Dengue e Doença Diarreica Aguda, respectivamente. Diante desses dados, é possível concluir que doenças transmissíveis relacionadas direta ou indiretamente ao lixo ainda são um grave problema de saúde pública na capital do Ceará.
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Gomes, A. O. da S., & Belém, M. de O. (2022). O LIXO COMO UM FATOR DE RISCO À SAÚDE PUBLICA NA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ. SANARE - Revista de Políticas Públicas, 21(1). https://doi.org/10.36925/sanare.v21i1.1563
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