Eventos extremos de chuva e cidades não planejadas reforçam a importância do mapeamento das inundações urbanas. Por outro lado, dados espaciais e meteorológicos disponibilizados por agências governamentais, não são compatíveis com o estudo de inundações e assim criam um cenário escasso de dados efetivamente medidos. Dessa forma, o presente trabalho objetiva mapear o perigo de inundações para bacia hidrográfica urbana (Rio Botas, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro) com poucos dados disponíveis. O mapeamento é realizado por meio de modelos hidrológico e hidrodinâmico. Como a referida bacia não possui estação pluviométrica com série histórica robusta é implementada uma metodologia para selecionar uma estação representativa no seu entorno, sendo essa a estação meteorológica Ecologia Agrícola. O regime de chuva encontrado no estudo é compatível com os cenários de alerta da Defesa Civil, o que sugere que a metodologia é válida, nesse caso. Com relação às modelagens, independente da ausência de dados mais específicos o resultado foi considerado satisfatório, pois na validação empírica os pontos alagados foram os mesmos apresentados pelos agentes da Defesa Civil. Sendo assim, os resultados obtidos demonstram que é possível realizar um mapeamento de inundação satisfatório mesmo em bacias hidrográficas com escassez de dados.
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Lopes, C. B. M., Dourado, F., & Souza, L. S. de. (2023). MAPEAMENTO DO PERIGO DE INUNDAÇÃO EM BACIA URBANA COM POUCOS DADOS HIDROLÓGICOS. Caminhos de Geografia, 24(92), 226–246. https://doi.org/10.14393/rcg249263476
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