Analisar dois tipos de racionalidade, que tanto aproximam quanto distanciam historiadores de sociólogos, é o objetivo primordial deste artigo. Para tanto, nos centramos nas abordagens apresentadas pelo sociólogo francês Jean-Claude Passeron e pelo historiador também francês Antoine Prost. Na tentativa de distinguir o “raciocínio sociológico” do “raciocínio histórico”, pautamo-nos inicialmente num diálogo entre esses dois pesquisadores, cujo foco é o lugar privilegiado que o ensino ocupa nos encontros reflexivos de ambas as disciplinas, o que não é comum em outros campos do conhecimento. É com base nesta perspectiva que nossos pesquisadores exploram suas concepções epistemológicas e desenvolvem seus argumentos sobre as aproximações/distanciamentos entre essas duas disciplinas e sobre o métier de historiador e o métier de sociólogo. Na tentativa de melhor compreender uma dimensão cara aos dois pesquisadores (a “convergência epistemológica entre história e sociologia”), elaboramos algumas assertivas que procuram caracterizar o movimento de aproximação/distanciamento do raciocínio sociológico com o polo experimental; outras foram elencadas para situar esse mesmo movimento relacional com o polo da reflexividade histórica. Nosso interesse foi destacar dimensões que ao mesmo tempo em que conceituam o raciocínio sociológico, definem o raciocínio histórico.
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Valle, I. R. (2018). “Raciocínio sociológico” e “raciocínio histórico”: as tensões entre duas tradições epistemológicas segundo Passeron a Prost. Revista Entreideias: Educação, Cultura e Sociedade, 7(2). https://doi.org/10.9771/re.v7i2.24907
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