Objectivos: Determinar o número de consultas necessário durante um ano para realizar alguns procedimentos preventivos se- leccionados e, nas pessoas com diabetes ou hipertensão arterial, cumprir os indicadores de desempenho contratualizados. Métodos: Estudo descritivo baseado na lista de utentes de um médico de família (1587 utentes). Considerou-se a vigilância de crianças e jovens, grávidas, diabéticos e hipertensos e os rastreios dos cancros da mama, do colo do útero e colo-rectal, da hiperten- são arterial, da dislipidémia e da obesidade. Foi definido o seguimento adequado para cada situação com base em normas de orientação clínica, na taxa de cobertura contratualizada pela Unidade de Saúde Familiar e na definição de indicadores de de- sempenho da Missão para os Cuidados de Saúde Primários. Considerou-se a realização de cada actividade em separado ou de múltiplas actividades preventivas e de vigilância na mesma consulta. Resultados: Seriam necessárias 2848,5 consultas para levar a cabo as actividades preventivas e de vigilância estudadas se es- tas fossem realizadas em separado. Considerando a possibilidade de efectuar múltiplas actividades na mesma consulta, seriam necessárias 2008,9 consultas por ano (50,6% do total realizado no ano anterior). Conclusões: A realização das actividades preventivas e o cumprimento de indicadores de desempenho exigem um dispêndio considerável de tempo. Antes de serem atribuídas mais tarefas aos médicos de família, será necessário estudar o impacto de cada uma em termos recursos a despender para a sua execução. Palavras-chave:
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Pinto, D., Corte-Real, S., & Nunes, J. M. (2010). Actividades preventivas e indicadores - Quanto tempo sobra? Revista Portuguesa de Clínica Geral, 26(5), 455–464. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i5.10780
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