As universidades se colocam como componentes essenciais do conhecimento mundial. Tal estatuto implica um certo nível de autocrítica e a redefinição de algumas prioridades. O reconhecimento acadêmico de novos departamentos, tais quais os Estudos da Tradução (TS), faz claramente parte do movimento histórico de autocrítica, e TS, por sua vez, reflete o mesmo processo na sua própria história, ou talvez pré-história. Embora TS pretenda ter integrado a Globalização e o novo mundo internacionalizado no âmbito dos seus programas acadêmicos, o desafio para os próximos anos será na combinação entre as suas definições originais (construídas em torno da formação de tradutores) e definições acadêmicas (O que é a Tradução? Como os fenômenos tradutórios, passados e presentes, podem ser retratados? Como as políticas linguísticas, o multilinguismo, o discurso das mídias e os rankings entram nisso?). Sem excluir tópicos estudados desde os princípios (como a formação ou as interações entre nações), propomos explorar o potencial da área das organizações e do mundo contemporâneo dos negócios (nesse artigo, da indústria automobilística internacional), que pode ser considerado um No Man’s Land dentro das tradições da nova disciplina. Estamos convencidos de que ideias novas e fundamentais poderão surgir desse mundo ainda pouco explorado.
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Lambert, J., & Brunelière, J.-F. (2016). From Translation to Organization to International Business: an Academic No Man’s Land. Cadernos de Tradução, 36(2), 15. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2016v36n2p15
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