O movimento pela regulamentação do homeschooling produziu um discurso para dar sustentação à ideia de efetividade do ensino domiciliar. Dissonante dessa narrativa, ecoa a voz dos educadores reafirmando a imprescindibilidade da escola, do professor e do Estado como garantidores do direito à educação para a aprendizagem e do desenvolvimento pleno das crianças e dos adolescentes. Diante da defesa que reverbera na impossibilidade de reação efetiva dos sujeitos dessa educação (os estudantes), este artigo objetiva evidenciar implicações do homeschooling para a escolarização, a profissionalização docente e para a educação como direito. Utiliza-se da análise de discurso, com base em Fairclough, em estudo bibliográfico-documental. Os resultados indicam que a defesa do homeschooling se ampara em casos particulares e exógenos sem evidências científicas e desconsidera os riscos da segregação do estudante do ambiente social de aprendizagem.
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Rosa, A. C. F., & Camargo, A. M. M. de. (2020). Homeschooling: o reverso da escolarização e da profissionalização docente no Brasil. Praxis Educativa, 15, 1–21. https://doi.org/10.5212/praxeduc.v.15.14818.036
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