Câmeras térmicas, também denominadas termovisores, vêm se tornando uma alternativa para medição de temperatura em situações em que, tradicionalmente, eram utilizados termômetros de contato como termopares, termorresistores e até mesmo termômetros de não contato, também chamados de termômetros de infravermelho ou pirômetros.Entretanto, apesar das vantagens das câmeras térmicas, como, por exemplo, a velocidade de resposta bem superior à dos termômetros de contato, ou da possibilidade de se obter a distribuição de temperaturas de uma superfície de interesse, a obtenção de medidas confiáveis de temperatura com esses termovisores é um tanto mais complexa, exigindo do operador, conhecimentos tais como a emissividade efetiva da superfície alvo, o que não é necessário na termometria de contato. Além disso, plantas na área de petróleo e gás, como é o caso de refinarias ou plataformas de petróleo são, em geral, instalações complexas e de grande extensão, o que pode exigir a utilização de diversas câmeras térmicas. A confiabilidade nas medições com esses equipamentos, e a comparação entre as medições com termovisores diferentes, requer que essas medições sejam realizadas seguindo recomendações metrológicas e que as medições incluam o valor de suas respectivas incertezas.O objetivo deste artigo é abordar os aspectos metrológicos, incluindo o cálculo da incerteza de medição, nas avaliações termográficas em situações típicas da indústria de petróleo e proporcionar um maior domínio aos usuários desses termovisores para a obtenção de medições mais confiáveis.
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Freitas, B. B., Sohn, R. S., & Pereira Neto, M. A. (2017). Aspectos metrológicos da termografia na indústria de petróleo. HOLOS, 1, 279–291. https://doi.org/10.15628/holos.2017.5206
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