A arte é uma forma de comunicação entre artistas e interlocutores que se relacionam a partir de uma rede de pessoas, coisas, forças e sentidos, numa experiência de partilha do sensível.. A proposta desta pesquisa foi entender como é construído o sentido político para uma obra de arte tomando como exemplo um espetáculo de dança contemporânea, o ENCARNADO de Lia Rodrigues. Partimos do pressuposto que um espetáculo de dança atua como uma rede de materialidades e socialidades e os sentidos políticos são construídos a partir de uma série de acontecimentos e atores, que caracterizam a potência transformadora da obra. A metodologia empregada nesta pesquisa foi feita com as contribuições da Teoria Ator-Rede (ANT), como um esforço de sistematização de uma forma de pensar e tratar a realidade que, ao invés de interpretar o mundo, visa descrevê-lo levando em conta a sua hibridização. Algumas dessas ações foram analisadas: escolhas temáticas e estéticas, as atuações do coreógrafo/bailarino em relação ao seu próprio trabalho ou às políticas públicas de dança, a escolha dos espaços e lugares de ensaio, pesquisa, criação e apresentação das obras e ressonâncias e repercussões junto ao público e à crítica.
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Guzzo, M. S. L. (2010). DANÇA EM AÇÃO- POLÍTICA DE RESISTÊNCIA NO ENCARNADO DE LIA RODRIGUES. Movimento (ESEFID/UFRGS), 16(2), 111–127. https://doi.org/10.22456/1982-8918.9928
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