Este texto pretende analisar uma coleção de livros-álbum sem texto, intitulada Imagens que Contam, da editora portuguesa Pato Lógico, publicadas entre 2014 e 2017, à luz das teorias contemporâneas sobre o livro-álbum (ou livro infantil ilustrado), e sobre o poder narrativo das imagens. Debruça-se com especial ênfase sobre elementos peritextuais e temáticos, procedendo à leitura individual e comparada dos vários volumes, sublinhando a coerência da coleção. De autoria de alguns dos mais importantes ilustradores portugueses da atualidade, os seis volumes em análise, distinguidos com vários prémios nacionais e internacionais, espelham bem a qualidade e a vitalidade da literatura para crianças e jovens em Portugal. Inserindo-se num tipo de publicação particular, esses volumes dependem exclusivamente dos elementos peritextuais e visuais para narrar uma história. No caso dos livros em análise, não só as imagens substituem completamente as palavras, como o texto impresso está completamente ausente do livro, já que o título e os créditos das publicações são também manuscritos pelos autores, assumindo-se como ilustração/imagem, apresentando aspetos visuais e/ou (tipo)gráficos comuns, que sugerem pistas de leitura e merecem estudo e reflexão.
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Ramos, A. M., & Rodrigues, C. M. F. da C. R. (2018). Quando as imagens substituem as palavras: a coleção “Imagens que contam”, da Pato Lógico. Perspectiva, 36(1), 35–56. https://doi.org/10.5007/2175-795x.2018v36n1p35
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