Este estudo tem o objetivo de analisar as demonstrações financeiras dos bancos brasileiros, sob a ótica do risco de liquidez, investigando se as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas dessas empresas atendem às exigências referentes à divulgação do risco de liquidez demandas pela IFRS 7 e pelos princípios do Comitê de Basiléia. Adicionalmente, foi investigado se os coeficientes de cobertura de caixa dessas empresas, calculados a partir da DFC, demonstram alguma relação com o cumprimento dessas exigências. Para isso, foi levantado um referencial teórico acerca da liquidez e do risco de liquidez, além do papel da DFC e das Notas Explicativas frente à divulgação de informações relativas à liquidez. Nesse sentido, foi realizado um estudo exploratório junto as 28 empresas que integram o Segmento Bancos da BM&F Bovespa, por meio de suas demonstrações financeiras do ano de 2009. Os principais resultados indicam baixa capacidade informativa dessas demonstrações em relação à situação e risco de liquidez, tendo em vista que apenas 60,71% das exigências contidas nas normas foram cumpridas. Ainda, pode-se concluir que o simples fato de possuir bons quocientes de cobertura de caixa não é condição necessária para figurar entre as empresas que mais cumprem as exigências de divulgação das situações e risco de liquidez, ou vice versa. Assim, mesmo quando as empresas possuem bons indicativos de liquidez, as informações exigidas pelo IASB e pelo BCBS deixam de ser divulgadas em suas demonstrações.
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Martins, O. S., Pereira, C. C., Capelletto, L. R., & Paulo, E. (2013). Capacidade Informativa das Demonstrações Financeiras dos Bancos Brasileiros: Uma Análise Sob a Ótica do Risco de Liquidez. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 7(2). https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v7i2.13274
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