Nos quadros da economia-mundo capitalista do século XIX, o ocidente de Cuba, o baixo vale do rio Mississippi e o vale do rio Paraíba do Sul destacaram-se pelo domínio respectivo que cada qual exerceu sobre a produção mundial do açúcar, do algodão e do café. Nessas regiões, surgiram novas unidades escravistas, cujas plantas produtivas romperam com os padrões anteriormente vigentes no mundo atlântico. O artigo discute como o conjunto de imagens coevas relativas a essas plantations escravistas configurou um regime visual específico. O artigo toma o Vale do Paraíba como unidade de observação, examinando cuidadosamente o caso da fazenda Resgate, localizada em Bananal, São Paulo.Western Cuba, the Lower Mississippi Valley and the South Paraíba Valley played an important role in the 19th century capitalist world-economy as the largest producers of sugar, cotton and coffee, respectively. New slave-driven plantations emerged in these areas with production units that broke away from previous practices in the Atlantic World. This article discusses how an ensemble of contemporaneous images related to such slave-driven plantations constituted a specific visual regime. The author takes the Paraíba Valley as a unit of observation and carefully examines the case of the Resgate coffee plantation, located in Bananal, São Paulo.
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Marquese, R. de B. (2010). O Vale do Paraíba cafeeiro e o regime visual da segunda escravidão: o caso da fazenda Resgate. Anais Do Museu Paulista: História e Cultura Material, 18(1), 83–128. https://doi.org/10.1590/s0101-47142010000100004
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