A partir do início da década de 2000, o setor sucroenergético se difundiu rapidamente em porçõesselecionadas do território brasileiro, motivado pelo crescimento exponencial do consumo de etanol (etanol hidratado para motores flex fuel no Brasil e etanol anidro para misturar à gasolina em diversos países). Esta expansão tem desencadeado importantes implicações geográficas, econômicas e sociais em diferentes escalas, decorrentes da incessante busca pela competitividade do açúcar e do etanol brasileiros nos mercados internacionais. Com o objetivo de melhor compreender essa situação através de uma perspectiva geográfica, propomos desenvolver quatro pontos: 1) uma análise das características intrínsecas do setor sucroenergético (i. e., restrições à estocagem da matéria-prima, ciclo vegetativo-econômico da cana-de-açúcar, flexibilidade produtiva das usinas/destilarias, cogeração de energia elétrica, queima da palha da cana-de-açúcar para a colheita manual); 2) uma descrição da dinâmica recente do setor no território brasileiro; 3) uma discussão sobre o conceito de competitividade e sua dimensão geográfica e uma proposta metodológica de identificação das regiões competitivas agroindustriais do setor sucroenergético no Brasil; 4) um esboço da expansão do setor no Cerrado do Centro-Oeste, destacando a emergência de duas regiões produtivas com grande potencial competitivo: as mesorregiões Sul Goiano e Sudoeste do Mato Grosso do Sul.
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Castillo, R. (2016). Dinâmicas recentes do setor sucroenergético no Brasil: competitividade regional para o bioma Cerrado. GEOgraphia, 17(35), 95. https://doi.org/10.22409/geographia2015.v17i35.a13730
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