A partir do início deste século, criaram-se mecanismos estatais para incluir gênero e sexualidades nas políticas educacionais, respondendo exigências de organismos internacionais. Ao lado disso, levantaram-se vozes conservadoras que produziram a narrativa nomeada “ideologia de gênero”, visando desqualificar estudos acadêmicos e conter os avanços dos direitos voltados à igualdade de gênero e o reconhecimento das diversidades sexuais. Este artigo, teórico-reflexivo, analisa como o gênero foi incorporado nas políticas educacionais, em vista de processos de transformação socioculturais e como se tornou um elemento de disputa política, por parte dos setores conservadores, que transformou o gênero em inimigo a ser combatido. Trata-se de um projeto que oculta interesses específicos e que coloca em jogo um modelo de sociedade e de educação democrática, pautada na igualdade de direitos e na convivência plural.
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Furlin, N. (2021). DO GÊNERO À “IDEOLOGIA DE GÊNERO” NO CAMPO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: APONTAMENTOS TEÓRICOS, HISTÓRICOS E POLÍTICOS. Práxis Educacional, 17(44). https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i44.7042
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