A formação dos alunos, em áreas diversificadas, é preocupação da escola, desde os anos iniciais da escolaridade. A necessidade de contribuir para o desenvolvimento da literacia financeira dos indivíduos, essencial para uma cidadania ativa e crítica, tem levado ao trabalho na área da educação financeira, tanto per si como associada, à matemática. No sentido de perceber que aspetos da educação financeira aprendem os alunos quando resolvem problemas que envolvem situações do dia a dia, desenhou-se um estudo de caso seguindo uma metodologia qualitativa. O caso era constituído por dezasseis alunos, com idades entre os 8 e os 10 anos, de uma turma do 3.º e 4.º anos de escolaridade. A recolha de dados recorreu a registos escritos dos alunos, a observação direta, registos fotográficos e áudio. Foi desenhada uma proposta didática que integrava uma sequência de 7 tarefas e permitiu trabalhar temas de educação financeira e da matemática. Os alunos revelaram conhecimento das moedas e notas de euro e das suas relações de equivalência. O conceito de semanada era do conhecimento de alguns, mas nem sempre o de poupar. Identificavam meios de pagamento, mas não estavam habituados a tomar decisões. Através das tarefas da proposta didática contactaram com noções de rendimento e de despesa, a simular pagamentos e trocos e a tomar decisões tendo em conta um rendimento estabelecido, mas também a desenvolver a capacidade de comunicar o seu pensamento aos colegas.
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Fonseca, L. M. D. da, & Bettencourt, M. C. (2020). Interligando Educação Financeira e Matemática no Ensino Básico. Proposta didática para o 4.o ano. Revista de Investigação e Divulgação Em Educação Matemática, 3(2). https://doi.org/10.34019/2594-4673.2019.v3.29909
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