O poder de reconhecimento tridimensional do espaço (estereopsia), efeito da anteriorização dos eixos visuais ocorrida na filogênese, é criticamente discutido e as conseqüências da superposição dos campos visuais (diplopia, confusão e supressão) são explicadas. Para o funcionamento normal da visão binocular, torna-se necessário um sistema oculomotor que garanta a adequação posicional dos olhos a cada objeto de atenção visual, isto é, possa dar movimentos oculares ajustados (conjugados). Os componentes desse sistema (nervos, músculos e suas ações), as leis que o regem e modalidades de compensação, assim como seus defeitos (estrabismos) e as perdas visuais associadas (ambliopia, correspondência visual anômala, lesões de vias aferentes) são analisadas. Finalmente, com respeito aos desequilíbrios oculomotores (estrabismos e heteroforias) descrevem-se seus tipos e nomenclatura, etiopatogenia e tratamento.
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Bicas, H. E. A. (1997). Visão binocular. Medicina (Ribeirao Preto Online), 30(1), 27–35. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v30i1p27-35
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