Bopp e cols.1 afirmam que grande parte da população estudada apresenta excesso de peso e síndrome metabólica, porém é necessário observar que utilizam uma única classificação do índice de massa corporal (IMC) para adultos e idosos. Avaliar o estado nutricional dos indivíduos através do IMC é um método simples e de grande importância em estudos populacionais, inclusive os que envolvem a população idosa2 . Porém, é importante respeitar as diferentes classificações recomendadas, para que não haja uma discrepância entre as metodologias empregadas nos estudos, vieses de aferição ou até mesmo erros do tipo I, onde é apresentada uma significância na amostra, quando esta diferença na população na verdade não existe3 . O uso do IMC e seus pontos de corte adotados para análise de desnutrição, eutrofia e obesidade em idosos têm sido muito discutidos. Considera-se como eutrofia, para essa faixa etária, o IMC entre 22 e 27 kg/m². Níveis abaixo de 22 e acima de 27 kg/m² são classificados como baixo peso e excesso de peso, respectivamente2 . Enquanto para adultos, o IMC considerado adequado está entre 18,5 e 24,99 kg/m², segundo a Organização Mundial de Saúde4 . As diferenças entre esses pontos de corte ocorrem devido às alterações corporais das diferentes faixas etárias, como diminuição da massa magra e aumento do tecido adiposo decorrente do processo de envelhecimento. A expectativa de vida vem aumentando em grandes proporções. Paralelamente, cresce o número de indivíduos com doenças crônicas, principalmente doenças cardiovasculares, que já são a principal causa de morte no mundo5 . Neste contexto, estudos como o de Bopp e cols. são de grande importância para contextualizar a grande prevalência de fatores de risco em populações específicas
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Zortéa, K., & Silva, M. L. B. da. (2011). Índice de massa corporal no adulto e no idoso. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 96(3), 255–255. https://doi.org/10.1590/s0066-782x2011000300013
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