Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil

  • Pinheiro R
  • Viacava F
  • Travassos C
  • et al.
N/ACitations
Citations of this article
222Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

O objetivo deste trabalho é analisar o perfil de morbidade referida, acesso e uso de serviços de saúde em homens e mulheres no Brasil, segundo idade e região urbana e rural. Os dados da PNAD/98 mostram que as diferenças de gênero na morbidade variam com a idade: desfavoráveis aos meninos até os 10 anos e desfavoráveis às mulheres a partir dos 15 anos, aumentando até os 64 anos e reduzindo após esta idade. A alta prevalência de atendimento indica que as barreiras de acesso dos que procuram serviços de saúde são pequenas. No entanto, o elevado percentual de não procura face às necessidades percebidas sugere que as barreiras de acesso são anteriores e dependem da oferta. A cobertura por planos de saúde é bem maior na região urbana, mas não há diferenças de gênero significantes nas regiões. As diferenças entre homens e mulheres nas taxas de uso curativo são pequenas, se comparadas com as de uso preventivo, maiores para as mulheres, assim como as taxas de internação, mesmo excluindo os partos. O financiamento das internações não foi diferente entre homens e mulheres, ao contrário do financiamento de outros tipos de atendimento: maior cobertura por planos para mulheres na região urbana; na região rural, maior uso do SUS para as mulheres e maior desembolso de recursos próprios para os homens.This paper analyses the profile of perceived morbidity, access and use of health services among men and women in Brazil according to age and urban/rural situation. Data from PNAD/98 showed that gender differences in morbidity vary with age: unfavorable to boys up to 10 years old and to women after 15 years of age. Differences rise with age up to age 64 and slow down after on. The high prevalence of attendance suggests that barriers for access for those who seek health care are small. Nevertheless, the high percentage of people who did not seek health services among those who believe needed, indicates that access are important and dependent on the supply. The health plan coverage is greater among urban areas, but there is no significant gender differences within the areas. Differences between women and men in acute care rates are low, compared with the preventive care rates, greater for women. Inpatient rates were greater for women, even after excluding delivery. The financing of inpatient hospitalizations was not different between sexes, but there was a higher use of health plan for women in the urban sectors and higher use of the public health system (SUS) for rural women and out of pocket payment for rural men.

Cite

CITATION STYLE

APA

Pinheiro, R. S., Viacava, F., Travassos, C., & Brito, A. dos S. (2002). Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 7(4), 687–707. https://doi.org/10.1590/s1413-81232002000400007

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free