Este artigo examina a relação entre gênero, sexualidade e biopolítica para apontar alguns de seus desdobramentos e efeitos nas formas de gestão da vida e de condução da conduta de mulheres e de homens nas chamadas “políticas públicas de inclusão social”. A análise qualitativa articula resultados de um conjunto de estudos desenvolvidos por um grupo de pesquisa no Rio Grande do Sul/Brasil. O aporte teórico advém dos estudos de gênero pós-estruturalistas, dos estudos queere dos estudos foucaultianos. Com esta análise, pode-se concluir que, em nome da inclusão social, as políticas públicas acabam por intervir e regular a vida de determinados sujeitos/grupos a custos mínimos para garantir a diminuição dos riscos sociais e maiores níveis de segurança para a população. Argumenta-se que gênero e sexualidade têm sido mobilizados para criar e fortalecer algumas formas de regulação que devem tornar mulheres e homens capazes de agir sobre si e sobre os outros, mantendo-se participantes e buscando soluções para problemas sociais contemporâneos.
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Dal’Igna, M. C., Meyer, D. E., Dornelles, P. G., & Klein, C. (2019). Gênero, sexualidade e biopolítica: Processos de gestão da vida em políticas contemporâneas de inclusão social. Education Policy Analysis Archives, 27, 140. https://doi.org/10.14507/epaa.27.4050
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