O presente artigo tem por objetivo apresentar as contribuições da estética da existência em Foucault para o âmbito da educação. Inicialmente será apresentado, em linhas gerais, os três domínios de sua produção teórica: Arqueologia do Saber, Genealogia do Poder e Estética da Existência. Posteriormente, será exposto mais profundamente a terceira fase de sua obra, destacando as ideias acerca do conceito do Cuidado de Si e a sua relação com o ambiente escolar e a formação docente. A estética da existência caracteriza-se como o terceiro domínio foucaultiano e concerne na ideia da vida como obra de arte, onde por meio das práticas de si, cuidado de si, governo de si, parrhesía e exame de consciência o sujeito torna-se capaz de estilizar sua existência, moldando sua vida e sendo artesão de si mesmo. Os apostes teóricos que fundamentam a pesquisa, além do Michel Foucault, são: Veiga-Neto (2016), Brandão (2011), Barcelos, Rabelo e Rodrigues (2009), entre outros autores. Esses correlacionam a obra do Filósofo Michel Foucault com a Educação. A partir da relação estabelecida entre a Estética da Existência e a Educação, percebeu-se que a escola têm sido, desde a sua fundação até os dias de hoje, um espaço que prioriza a disciplina e a normatização. Portanto, faz-se necessário introduzir nesse espaço saberes que possibilitem um novo modo de formar os sujeitos para que esses sejam conscientes e desfrutem da sua liberdade, que por muitas vezes lhes é retirada.
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De Brito Gomes, M. J. (2024). FOUCAULT E A EDUCAÇÃO. Cadernos Do PET Filosofia, 14(28), 37–52. https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v14i28.5042
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