Resumo: O objetivo do texto é esboçar uma teoria da violência centrada na noção de sujeito. A teorização proposta não visa a descartar outras perspectivas de abordagem; não pretende opor o ponto de vista do sujeito a outros pontos de vista, tais como aqueles centrados, por exemplo, na racionalidade do ator ou em suas frustrações, mas, ao contrário, situar esses outros pontos de vista no contexto de um enfoque mais amplo, no qual sejam paralelos ou, até mesmo, subordinados à noção de sujeito. Privilegiar o ponto de vista do sujeito significa, fundamentalmente, utilizar dois caminhos que freqüentemente se cruzam mas que, para os objetivos da análise, necessitam ser dissociados: o primeiro concentra-se nos protagonistas da violência; o segundo, em suas vítimas. O ponto de partida é uma definição da noção de sujeito, uma vez que, freqüentemente, a violência é a marca de um sujeito contrariado, proibido, impossível ou infeliz, a marca de uma pessoa que foi, ela mesma, vítima de uma violência. Palavras-chave: violência urbana, sociologia do sujeito, conflitualidade, construção de sentido, teoria da violência. Dès qu'apparaît le mot de «violence», d'innombrables problèmes surgissent, à commencer par celui de savoir de quoi nous parlons. Car le terme de violence amalgame un immense ensemble de notions, elles-mêmes plus ou moins confuses ou embrouillées. Violence physique, ou aussi symbolique? Réelle, ou perçue? Individuelle, ou collective? Violence d'Etat, éventuellement légitime, ou violence de la rue, à la légitimité contestable? Etc. Cette liste de couples d'opposition, qui ne sont pas nécessairement contradictoires, pourrait être allongée considérablement, et on pourrait en ajouter
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Wieviorka, M. (2004). Pour comprender la violence: l’hypothèse du sujet. Sociedade e Estado, 19(1), 21–51. https://doi.org/10.1590/s0102-69922004000100003
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