A Reforma Universitária de 1968, prestes a completar 50 anos, é o marco legal mais importante de dois processos complementares de transformação do ensino superior no Brasil. Em um primeiro momento, observamos que essa lei propiciou as condições básicas para a organização das instituições de ensino e pesquisa, estimulando a expansão das vagas, em especial no setor privado, que disputa recursos governamentais com instituições públicas e busca lucros como parte prioritária de suas atividades. Quatro décadas mais tarde, as bases da reforma de 1968 sustentaram programas governamentais que ampliaram as vagas nas instituições federais de forma mais consistente, ainda que incorporando uma tendência mundial de diversificação das modalidades e dos formatos organizacionais de ensino e pesquisa diante da intensificação do processo de globalização. O desafio mais importante da reforma, porém, ficou pendente: a busca da qualidade do ensino superior no novo contexto de produção e desenvolvimento do conhecimento, o que implica a forma competitiva e colaborativa.
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Aroni, A. (2017). 50 anos da Reforma Universitária de 1968: a reforma que não acabou. Revista Brasileira de História Da Educação, 17(3), 235–259. https://doi.org/10.4025/rbhe.v17n3.916
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