O novo coronavírus foi primeiramente reconhecido em Wuhan, China, em dezembro de 2019, causando a doença do coronavírus 19 (COVID-19). No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou se tratar de uma pandemia. O curso clínico da COVID-19 pode ser classificado em três estágios: “infecção precoce”, “fase pulmonar” e “fase de hiperinflamação”, cada uma caracterizada por alterações bioquímicas específicas. O objetivo do trabalho foi de descrever as diferenças e o potencial prognóstico de exames de sangue de rotina em pacientes hospitalizados em enfermaria e unidade de terapia intensiva (UTI) com diagnóstico de COVID-19. Trata-se de um estudo longitudinal e retrospectivo, cuja coleta de dados se deu por meio das informações contidas em prontuário eletrônico. Durante o período de estudo, foram encontrados 62 pacientes com infecção confirmada por SARS-CoV-2; destes 67,78% internaram em enfermaria. Entre os pacientes tratados em UTI, idade, leucócitos, bastões, neutrófilos, creatinina, bilirrubina total, LDH e D-dímero foram maiores do que entre os que permaneceram na enfermaria. Por outro lado, hemoglobina e hematócrito nos pacientes internados em UTI foram menores. Acreditamos que os níveis de leucócitos na admissão do paciente com COVID-19 podem indicar a gravidade da doença e que acompanhar os níveis de hemoglobina, LDH e D-dímero durante a internação do paciente pode ser importante para avaliar a progressão da doença.
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Carelli, G. Z., Carvalho, B. R. de B., Molin, B. D., Duarte, C. R., Martins, G. K. F., Wendt, G. W., … Ferreto, L. E. D. (2020). Alterações laboratoriais em pacientes com COVID-19. Research, Society and Development, 9(12), e30191211115. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11115
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