As cadeias de suprimentos de hortaliças enfrentam, nos dias atuais, o desafio de alinhar a demanda e a oferta de produtos de maneira eficiente. Do lado da demanda, clientes exigentes, interessados em produtos com qualidade e sempre disponíveis nos pontos de venda. Do lado da oferta, a dificuldade em garantir o produto certo, na hora certa e no local adequado. Percebendo a dificuldade em ligar demanda e oferta, por problemas relacionados, principalmente, à logística e à qualidade, as grandes redes de auto-serviço têm abandonado o sistema tradicional de suprimento de produtos hortícolas, por meio das Centrais Estaduais de Abastecimento Sociedade Anônima (CEASA), e criado centrais próprias de compras onde a aquisição dos produtos é feita diretamente de produtores rurais e atacadistas especializados. No entanto, este novo canal deve ser examinado com cuidado já que, sob certas circunstâncias, pode representar ameaças e oportunidades para o produtor rural. Assim, propõe-se uma análise da competitividade dos principais canais de distribuição de hortaliças, em especial, do tomate in natura, sob a ótica da gestão da cadeia de suprimentos. De forma a alcançar esse objetivo, foi utilizado um método que consiste em estabelecer direcionadores de competitividade para todos os elos da cadeia. Conhecendo as vantagens e limitações de cada canal de distribuição, é possível estudar formas de torná-los mais eficientes. Os resultados, obtidos por meio de pesquisa de campo com os agentes dos canais, demonstram que as cadeias de suprimentos, que optam pela distribuição por meio das centrais de compras de grandes redes de auto-serviço, apresentam melhor desempenho competitivo do que a distribuição por meio das CEASAs. No entanto, o desempenho superior não se mostra sustentável à medida que o diferencial de poder entre os varejistas e os produtores rurais aumenta a rivalidade vertical e permite comportamentos conflitantes e oportunistas.Many retailers have stopped using traditional fresh produce supply channels through government entrepôts because of problems mostly involving poor logistics and quality. To meet retail demand, new supply structures have been developed whereby products are purchased from growers or specialized wholesalers. This supply channel should be closely examined since, under certain circumstances, it may offer both threats and opportunities for producers. We therefore analyzed the efficiency of the main fresh vegetable distribution channels and found that ways to render supply channels more efficient can be identified by pinpointing the channels' advantages and barriers. The findings obtained from a field research indicated that distribution through retail supply structures is more efficient than through government entrepôts However, although retail supply structures show a better performance, this performance does not seem sustainable because the difference in power between retailers and producers leads to conflicting and opportunistic practices.
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Lourenzani, A. E. B. S., & Silva, A. L. da. (2004). Um estudo da competitividade dos diferentes canais de distribuição de hortaliças. Gestão & Produção, 11(3), 385–398. https://doi.org/10.1590/s0104-530x2004000300011
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