Este artigo discute a relação criança, mídia e cultura do consumo. Os debates em torno da constituição de uma mídia de qualidade que leve em conta o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes envolvem aspectos tanto de promoção quanto de proteção. Ambas as perspectivas são complementares e devem ser consideradas de forma integrada pelos atores que compõem o sistema de mídia, ou seja, o governo, a sociedade civil e as empresas de comunicação, que contribuem de forma significativa na construção da identidade da criança. Nesse contexto, vários especialistas consideram que é preciso discutir e ampliar as estratégias que regulamentam a publicidade voltada ao público infantil no Brasil. O estudo analisa as fragilidades e potencialidades da regulamentação da mídia no Brasil em relação à publicidade infantil a partir da análise de documentos e da discussão com grupo de acadêmicos do curso de Publicidade e Propaganda. É necessário que haja um diálogo maior entre os atores que compõem o sistema de mídia, pois é preciso compreender que profissionais devem ter liberdade para a criação de peças publicitárias, mas, ao mesmo tempo, devem respeitar os direitos das crianças. Sendo assim, é necessário que se faça uma reflexão mais ampla sobre o que diz a lei e o que efetivamente é veiculado pela mídia, pensando sempre no bem maior, a criança.
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Schmitz Horlle, A., & Schmidt, S. P. (2017). Criança, identidade e consumo: um estudo sobre as lições da publicidade infantil. Rizoma, 5(1), 165. https://doi.org/10.17058/rzm.v5i1.7464
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