O ponto de partida do autor é a constatação de que a posição de Lukács no cenário filosófico contemporâneo está longe de ser elucidada. Um pesado silêncio envolve desde há muito tempo suas duas obras de síntese: A Estética e A ontologia do ser social. Em contrapartida, trata-se agora de mostrar que Lukács foi o primeiro a empreender uma genealogia das múltiplas atividades da consciência e de suas objetivações (a economia, o direito, a política e suas instituições, a arte ou a filosofia) a partir da tensão dialética entre subjetividade e objetividade. Ou seja, no pensamento final do filósofo húngaro há um método “ontológico-genético”, visto que ele se dedica a mostrar a estratificação progressiva das atividades do sujeito (por exemplo, atividade utilitária, atividade hedonista e atividade estética), indicando as transições e as mediações, até circunscrever a especificidade de cada uma em função do papel que desempenha na fenomenologia da vida social.
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Tertulian, N. (2010). Sobre o método ontológico-genético em Filosofia. Perspectiva, 27(2), 375–408. https://doi.org/10.5007/2175-795x.2009v27n2p375
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